RIO DE JANEIRO é a cidade que te salva. Vê-la, moça bonita que
sangra por dentro, esconderijo das balas amargas perdidas depois de cortar o
vento, encravadas bem aqui. Amá-la,
a cidade, vez que enraizada nela. Inseparáveis, concha e ostra e pérola, e
marisco, e água, e pedra. Informal, alternativa, periférica, paradoxa, confusa.
Hemorrágica, bela. Cuidem dela.
RIO DE JANEIRO. Quem olha não diz. Tamanha belezura passando por tantas
dificuldades. É que Deus te fez forte, morros de pedra, hidratada, azul no céu
dos olhos, marejada, alegre mesmo na dor. As
maravilhosas também enfartam. Quando tensas, pressionadas, sem recursos,
baleadas pela indiferença. Não são os tiros que matam, é a indiferença.
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