Finita como flores

1 de set. de 2009

Minha alegria, só vc me entenderia

Minha alegria, só você me entenderia. Alguém me seguisse na rua, internar-me-ia. Passo pelos Arcos da Lapa, sigo a Rua do Riachu em direção à maquete onde moro e eis que vejo uma farmácia, lembro que tenho em casa granola e compro leite Ninho. São onze horas da noite, estou voltando de um curso de Filosofia na Avenida Presidente Vargas. Compro leite Ninho porque é o único que encontro em meu caminho, assim são as donas de casa mudernas. Não pesquisam preços, não planejam compras, não têm sequer uma boca de fogão, e sigo sigo, embora avoada, atenta aos possíveis assaltos, sigo, caminhando e cantando e seguindo a canção, eis que revejo na minha frente os Arcos da Lapa de novo e percebo que ao invés de seguir, retornei. Dou meia volta e disfarço, volto, marcho. Faço crônicas pra você de cabeça. Talvez porque você é daquelas raras pessoas no mundo que ainda acham graça. Não posso viver sem você, cadê?

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